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Abstract

Este artigo rastreia as atividades de três trabalhadoras de campo internacionais que viajaram pelo mundo ao serviço do Fundo Pathfinder, com base nos EUA, nas décadas de 1950 e 1960, para distribuir contracetivos, promover a criação de clínicas de planeamento familiar e apoiar ativistas locais. Estas mulheres situavam o seu trabalho dentro de tradições mais longas de humanitarismo maternalista e do internacionalismo missionário cristão, enquanto se definiam como hábeis interlocutoras interculturais, cientes dos ventos de mudança instigados pelos movimentos de descolonização. Contudo, a sua insistência em métodos par ticulares, o recurso a estereótipos de forma relapsa e, por vezes, as suas abordagens agressivas, alimentaram tensões e sabotaram os seus intentos solidários. Desta forma, o ar tigo revela algumas das contradições centrais do humanitarismo do pós-guerra e os cruzamentos mais amplos entre os projetos missionários, maternalistas e de planeamento familiar. Este ar tigo faz par te do dossier temático sobre 'Organizações Internacionais na Era da Descolonização', organizado por José Pedro Monteiro.

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