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Abstract

Ao constatar diversas similaridades entre os candidatos presidenciais Enéas Carneiro e Jair Bolsonaro, neste artigo testo a hipótese de haver um perfil comum entre o eleitorado de ambos. Usando dados eleitorais e pesquisas de intenção de voto, descrevo como a distribuição territorial do voto em Enéas converge com a de Bolsonaro e como os preditores mais eficientes do voto em Enéas também preveem o voto em Bolsonaro. Os resultados apontam para um nicho pequeno, porém estável, no apoio às candidaturas de direita radical ao longo do tempo: homens jovens, brancos, com maior educação formal e renda. O artigo informa a discussão sobre a existência de um “núcleo duro” da direita radical no Brasil, apontando possíveis mecanismos relativos à frustração e à raiva de homens brancos jovens após a redemocratização.

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