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Abstract
Este artigo é dedicado ao escândalo de trabalho forçado relacionado com a fazenda amazônica Vale do Rio Cristalino, gerida pela fi rma alemã Volkswagen (VW) entre 1973 e 1986. As representações, a percepção e a recepção do escândalo na Alemanha constituem o ponto de enfoque do texto. O objetivo deste artigo é triplo: explicar como uma multinacional de reputação moderna e humanista chegou a permitir uma gestão arcaica da mão de obra na própria fazenda, analisar o movimento de solidariedade trans-nacional que se desenvolveu na Alemanha em reação às notícias de trabalho forçado na "Cristalino", e avaliar o impacto dessa polêmica na conscientização ao nível internacional do problema de trabalho forçado amazônico.