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Abstract
Ao longo das décadas de 1970 e 1980, a Amazônia se tornou um símbolo de debates sobre o futuro do planeta, destacando não apenas riscos ecológicos, mas também conflitos fundiários e exploração humana, e provocando indignação muito além das fronteiras brasileiras. Com base em um estudo da fazenda de criação de gado Cristalino, estabelecida em 1973 pela Volkswagen com o apoio do regime militar, o artigo explora as razões da "globalização política" da Amazônia. Ao tentar atrair atenção internacional para suas políticas de colonização da floresta, que apresentaram como um modelo universal, o governo brasileiro e seus parceiros de negócios contribuíram involuntariamente para transformar a Amazônia em uma arena de controvérsias globais.