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Abstract
What motivated right-wing and conservative parties to endorse a policy of land expropriation and redistribution in Brazil? I argue that urban-dominated right-wing parties endorsed agrarian reform in order to: (i) reduce crime in wealthier metropolises by reversing rural–urban migration; and (ii) gain competitive advantage against left-wing challengers. To test this argument I conduct process tracing, analysing over 500 elite statements about agrarian reform, drawn from archival, interview and survey data. In addition, I model land expropriations at the municipal level and show how right-wing administrations disproportionately expropriated land in the states of origin of migrants and, within those, in localities where the Left was more competitive. My results portray how two externalities of inequality – crime and competition with the Left – motivated conservative support for agrarian reform in Brazil. O que motivou partidos de direita e conservadores a endossar uma política de expropriação e redistribuição de terras no Brasil? Argumento que os partidos de direita urbanos endossaram a reforma agrária para: (i) mitigar o crime nas metrópoles mais ricas, revertendo o fluxo migratório rural–urbano; e (ii) ganhar vantagem competitiva contra os adversários de esquerda. Eu testo esse argumento através do process tracing bayesiano, analisando mais de 500 declarações de elite sobre reforma agrária, extraídas de dados de arquivo, de entrevistas e de pesquisas. Além disso, modelo as desapropriações de terras em nível municipal e mostro como as administrações de direita expropriaram terras de forma desproporcional nos estados de origem dos migrantes e, dentro deles, em localidades onde a esquerda era mais competitiva. Os meus resultados retratam como duas externalidades da desigualdade – crime e competitividade da esquerda – motivaram o apoio conservador à reforma agrária no Brasil.